quinta-feira, 14 de agosto de 2014

17- Tic-tac...


Eu e a Sally fomos convidadas para passarmos aquele final de semana na casa da Mariana. Aceitamos. Na casa dos Vanconcello tudo era tão ‘família’ que eu e a Sally sempre estranhávamos.
“Meninas! Olha só como estão lindas! Entrem, o Lucas já vai subir as malas de vocês.”, a Myrian era uma pessoa que demonstrava carinho em cada simples movimento.

Ao entrarmos o Lucas veio nos receber.
“Sejam muito bem vindas. Já sabem que não precisam de cerimônias...”, já tinha o visto como treinador e sabia muito bem o quanto ele conseguia parecer assustador, mas ele nunca foi assim conosco. Ele chegava a ser exageradamente agradável.

A mãe da Mariana cismou de nos ensinar a fazer uma receita que seria o nosso almoço daquele dia. Não fui nem capaz de aprender o nome da receita... A senhora Vasconcello só nos deixou com coisas simples como colocar a água pra ferver e ficar mexendo numa das panelas. Conseguimos destruir a cozinha dela mesmo só com essas tarefas. A Mariana se divertia a nossa custa.
“Queridas, eu tentei... Mas acho que vão precisar de muitas outras aulas.”, a mãe da Mariana convencida da nossa falta de talento culinário.

O pai da Mariana tinha o costume de treinar com a filha durante as tardes e, para a minha infelicidade, ele quis treinar comigo e com a Sally também, antes de anoitecer. A Sally adorava esse tipo de coisa, a Mariana já estava acostumada e eu já tinha lotado a minha lista de ‘não sou boa nisso’ do dia.

De acordo com o Lucas, os exercícios foram leves... Acordei no dia seguinte sentindo dor em cada passo que dava. A Sally acordou da mesma forma, mas ela era tão destrambelhada que quis repetir a dose do dia passado... Mais uma corrida e eu não levantaria mais. Foi o momento em que aproveitei para dar uma saída.


Liguei para o meu pai e esperei por ele no Café Imperial. Fiquei contente quando vi que ele cumpriu com o meu pedido de não ir acompanhado da Sandra.
Depois de um abraço, pedimos o almoço e nos sentamos.


“Fiquei muito feliz por você ter me chamado, filha... Mas você sabe que a sua mãe também sente a sua falta.”. Como era injusto que me fizessem parecer a vilã.
“Paizinho, eu realmente não quero falar sobre a Sandra. Eu e ela... Não tem como funcionar... Podemos apenas comer e conversar sobre outras coisas?”.


“Claro... Ainda não me contou sobre o colégio. Se fez novas amizades, se gostou das acomodações... Acho que Primavera é uma cidade mais agradável, mas eles cismaram em construir o internato em Almerim...”.
“Gostei do colégio e da cidade... Tem alunos novos. Agora estão todos na correria pra conseguir dar conta de tudo pra feira de ciências e cultural que terá em outubro.”.


“Essa será somente para os alunos assistirem? Gostaria de ver...”.
“Ainda não falaram sobre isso. Assim que eu souber, te aviso.”.
Passamos mais algumas horas conversando. Já estava acostumada a sentir saudades do meu pai... Desde sempre ele esteve ocupado com a empresa da família. Os momentos que passávamos juntos eram como o daquela tarde, roubados e eu nunca era capaz de matar a saudade antes de voltar a senti-la.


Voltei para a casa da Mariana, mas já estava na hora de voltarmos para Almerim. Só peguei a minha mala e me despedi do senhor e da senhora Vasconcello, antes de partir.
Chegamos à Casa Rosa ainda umas oito horas. Em média, usávamos três horas para ir de uma cidade a outra.
“Ok... Não estou com sono e proíbo vocês de estarem. Muitos segredinhos que vocês duas tem guardado de mim... Bora brincar de verdade ou consequência agora mesmo. E que fique claro que não é uma opção não brincar comigo.”, Sally.


“Não sei como se brinca disso...”, Mariana.
Sally deu um sorriso malicioso, “Melhor ainda. Vou ver se a Tali já chegou, para ela brincar com a gente também. E nem pense em fazer como da última vez em que botou pé firme quando nos viu colocar a garrafa na roda, dona Mariana... Dessa vez vamos brincar!”, e saiu.


“Você nunca viu ninguém brincando disso?”.
“Já... Sei que fazem uma roda e que tem uma garrafa no meio... Mas nunca me interessei em saber o que acontecia. Os comentários depois que brincavam eram tão estranhos que achei melhor continuar sem saber.”, Mariana.


“É que tem gente que exagera, mas não vamos brincar assim. Uma ponta da garrafa é quem pergunta, a outra é quem responde. Toda rodada a garrafa é girada. Ai perguntam ‘Verdade ou consequência?’. Se você escolher verdade, te fazem uma pergunta qualquer, tipo ‘quem você gosta’... Se você escolher consequência, vão escolher alguma coisa pra você fazer, tipo imitar uma galinha... A brincadeira é simples.”.
“Ah... Entendi.”, não foi muito convincente, mas ela entenderia durante o jogo.


Sally voltou com a Tali. Usamos um batom no lugar da garrafa. Girei o batom e ele parou, me deixando fazer uma pergunta pra Sally.
“Verdade ou consequência?”.
“Verdade...”, Sally.


A pergunta que mais me interessava há um tempo poderia ser finalmente respondida, “Quem é o cara que tirou a sua virgindade, que você nunca quis me contar?”.
Ela disparou um olhar surpreso e até um tanto desesperado, podia até notar algumas lágrimas se formando em seus olhos.

8 comentários:

  1. Isso está ficando tenso! O.o
    Nunca gostei desse jogo. Não que eu tenho problemas em responder tudo... Mas algumas coisas, para algumas pessoas... Mas com certeza perguntaria o mesmo que Yasmin... -.-"

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  2. Nossa pobre Sally, ficou dessa forma apénas pela pergunta? Tenso...
    Sempre adorei esse jogo, me lembro que quando mais novo jogava meio uqe sem saber o que era. Eu era meio Mariana, enfim.
    Continuando>>

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  3. Nem acredito que voltou.. *-*
    Pena que foi só um capitulo... :p
    Eu não lembro do desfecho da história, mas acho que vai ser tensa
    a revelação da Sally...
    Está perfeito a qualidade das fotos. E que lindas as meninas ficaram no The Sims 3.
    Ansiosa por mais!

    Beijos

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  4. Finalmente em Suhmida!!! Definitivamente cozinhar não é o talento de nenhuma delas.... kkkkkkkk Amando Suh e esperando por mais <3


    Beijos

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