domingo, 31 de agosto de 2014

23- Entre tapas e beijos

 “Sobre o que aconteceu pra você bater naquela menina, dona Mari sem noção!”, não considerava mais importante, mas também estava curiosa.
“Aff! Dá raiva só de lembrar. Eu tava indo ao banheiro e encontrei aquelazinha aos beijos com outro garoto no espaço entre o campo de futebol e a escola... Não teve nem capacidade de se esconder."




"Quando saí do banheiro ela já estava sozinha, mas parada de braços cruzados... Me esperando. Disse que ela sabia que eu iria contar pro Scott e que ele não acreditaria em mim e que nada daquilo era da minha conta... Disse até que eu dava em cima do Scott, que era muito pior do que ela... Ela tava histérica, além de ser louca!"

"Eu estava me controlando e tentei seguir meu caminho, mas ela me empurrou, queria dizer mais coisas... Ali foi demais. Mas eu só dei um tapinha nela... Me arrependo, mas não deu, gente! Depois ela tentou me arranhar, aquela vaca! Foi quando nos separaram... Bando de intrometidos!”, Mariana me assustava quando falava assim.

“E o que o diretor falou com vocês?”.
“Antes ele tivesse acreditado em mim... Ficou dizendo que não importava quem tivesse começado. Aff! E ela ficou se fazendo de coitadinha... Eu fiquei boba! Tinham que ver como ela parecia mesmo a vítima!"


"O diretor iria dar três dias de suspensão e ela até parecia achar bom... Claro que só vai pra escola pra enganar idiotas! Eu disse que estava arrependida e que não podia perder aula... Por fim ele disse que em vez de suspensão teríamos que ajudar na limpeza da escola por três dias. Mas vai avisar aos nossos pais... E vai chegar aos ouvidos da minha avó e vou ter que ouvir mais sermão. Mereço!”.

“Eita! O que a sua avó tem a ver com isso tudo?!”, eu já sabia, mas a Sally ainda não.
“Ela que paga a minha mensalidade... E é dela a casa em que moro. Meu pai não vai gostar nada de saber disso... Que ódio dessa garota!”.


“Não consigo imaginar seu pais brigando com você, Mari...”, ele a mimava muito.
“Ele não vai brigar, gente. Mas vai ficar triste. Porque a minha avó vai ficar reclamando com ele. Ele é orgulhoso e já não gosta de ter que morar de favor e muito menos dela pagando os meus estudos. E como vovó quase nem gosta de irritá-lo...”, genro e sogra.


“Ain, Mari... Vou falar com o Ákyl. Evitar uma guerra na sua família desnecessária. Tenho certeza de que ele não vai negar.”, Sally.
“Aff, Sally! Sei que tem boa intenção, mas você tem que se afastar dele...”, Mariana.
“É só você não bater em mais ninguém que eu me afasto, Mari. Reclama de mim, mas você não fica nada atrás... Onde já se viu ficar batendo em todo mundo que te irrita!”.
As duas começaram a brigar novamente, sempre sobrava pra mim.




Não erraria em dizer que a Mariana e a Sally ainda estavam na fase de suportar uma a outra. Bem no começo da nossa amizade era impossível... Elas discutiam o tempo inteiro. Foi assim que conhecemos o outro lado da personalidade da Mariana, porque antes ela parecia ser muito tranquila...

Quando elas ficavam mais irritadas, sequer queriam fazer as pazes. Não adiantava tentar convencê-las, mas no fundo era apenas orgulho das duas. Não podiam fugir das aulas, então voltavam a se falar como se nada houvesse acontecido. Nenhuma se desculpava.
Algumas vezes a Mariana também fazia pirraça comigo e passava um dia inteiro me ignorando... Eu precisava mandar muitas mensagens para o seu celular para que ela pudesse se acalmar. Era cansativo, mas eu não me importava. Pior era não tê-la por perto.

No dia seguinte elas voltaram a se falar no primeiro intervalo.
“Já falei com ele... Mas agora ele disse que você precisa limpar a minha casa por uma semana...”, Sally riu, mas Mariana a olhou com indiferença.
“Aff, Mari! Não vai ficar com essa cara feia pra sempre, né! Tenha dó! Não sabe nem brincar... Eu falei mesmo com ele, está liberada do castigo, chata!”.

“Obrigada, mas não precisava falar com ele... Ainda mais por mim. Sei que não gostam mesmo de mim... Sou um fardo pra vocês!”, claramente a Mariana estava fazendo drama, mas não gostava de quando ela falava assim.
“No plural?! Não fiz nada.”.


“Ah, não, Mari... Para com isso! Se você fosse um fardo pra gente, já teríamos te abandonado há muito tempo. A gente briga, mas se ama! Se eu te der um beijinho passa?!”, Sally estava pendurada no ombro da Mariana, enquanto fechava os olhos e fazia um bico com a boca.
Eu ria muito com elas.


“Saí pra lá, doida! Dá na Min que ela gosta...”, Mariana despencou o ombro em que Sally se pendura e se afastou rindo. Seu humor já estava melhor, só gostaria que permanecesse assim...

9 comentários:

  1. Suh,,, Eu não sei se essa é a última narrativa da Min...
    Só posso dizer que estou de cara como as personagens me parecem tão reais. Na fase da adolescência, errando mais que acertando, e não sei se elas irritam mais a mim que tenho uma filha de 15 anos, do que aou outros que leem, mas fato que identifico tanta coisa ali... Eu tô curiosíssima pra continuação, e queria deixar aqui meus parabéns pela história... É encantadora e impossível de se deixar de ler!!! Preciso de mais...

    “Obrigada, mas não precisava falar com ele... Ainda mais por mim. Sei que não gostam mesmo de mim... Sou um fardo pra vocês!”
    Eu conheço alguém que poderia ter me dito essa frase na vida real. O.o

    ..: Bjks :..

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  2. Não é a última ainda, Pah... Na verdade é a metade. kkkkkkkkkk.
    Estou conseguindo atualizar "dia sim, dia não".

    "Ouvir" essas coisas de você... Ok, posso morrer happy agora!! *--*
    Muuuuito obrigada mesmo! Diria que não sabe o quanto é importante e me faz feliz comentários assim, mas tenho certeza de que sabe! *--*

    kkkkkkkkkkkkkk, conhece?! Eu conheço muuuuitas! É dom ter amigas dramáticas! kkkkkkkkkkk \õ/

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  3. Ah!!! Acabei de ver....! Tem mais! Vou ler! .we.

    Suh! Pior que essa a que me refiro vc tb conhece, e ela vai me matar quando ler o que ecrevi, kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk!

    ..: Bjks :..

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  4. kkkkkkkkkkkkk.
    Qualquer coisa, não sei de nada... =P

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  5. Eu nem sei de quem você está falando Pah.
    Mas no meu caso não é drama é realidade!

    Voltando a atuh...
    Luiza intragável... Guria nojenta!
    Eu só não gosto da parte violenta da Mari.
    Acho que ela bate sem necessidade muitas vezes.
    Quando batemos perdemos a razão.
    Mas a compreendo bem.

    Eu não mato, nem sou violenta com ninguém Pah.
    Sinto muita raiva e às vezes tropeços nas palavras por conta disso.
    Mas bater, matar... Isso nunca.

    ADORANDO, Suh!
    bjosmil *.*

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  6. Luíza é um caso triste. xx'
    E sobre bater... Ela precisa resolver isso! [fato]

    Obrigada!! *--*

    -*-*-*-*-*-*-*-*-*-*--*-*-*-*-

    Mitoca, sem comentários! ¬¬"

    x2

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  7. Vou comentar os três últimos capítulos.
    Que revelações da Sally. O.O
    Eu não me lembrava mesmo que ela tinha um caso com o diretor, sem comentários para ele... ¬¬
    Embora não acho que só ele seja o culpado...

    Essas duas brigando é comédia.. kkkkkk

    Continue assim até ter 10 atus por dia... lol

    Beijos

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    1. É um caso complicado mesmo.
      Adoro essas briguinhas =p

      kkkkkkkkk anotado.

      Beijos, amore *--*

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