sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

6- Expor

Consegui levar a Mariana comigo para escolher os móveis da sala do clube.


E terminei de arrumar os nossos quartos.


Chegamos à noite em casa e nada de Sally. Mais tarde ela se lembrou de usar o celular para nos avisar que não voltaria naquela noite.


Na manhã seguinte eu e a Mariana estávamos na piscina quando a Sally chegou com um novo corte de cabelo.
“Hi, babys! Sentiram muito a minha falta?! Sei, sei, também sentiria...”, cantarolou a Sally ao nos ver.


“Vem pra cá também, folgada. E nos poupe dos detalhes sórdidos da sua noite.”, Mariana.


“Se toda vez que sair com os seus primos você inventar de cortar o cabelo, não demora e volta careca, né!”.
“Ah, suas chatas! Me deixa só tomar um banho que já dou um pulo aqui!”.


Passamos a maior parte do dia na piscina ou na beirada dela. A Mariana contou para a Sally sobre o fim do seu namoro com o Luan. Sally fez uma cena, como de costume, por ter levado tanto tempo para ficar sabendo.


A Mariana foi dormir cedo, ansiosa por conta do início das aulas no dia seguinte.


Eu e a Sally ficamos acordadas até tarde, navegando na internet.


A Sally levantou muito cedo, tudo pela vaidade. Eu e a Mariana só levantamos quando faltava meia hora para a primeira aula e isso por causa da distância do colégio.


Mesmo contra a vontade da Mariana, fomos no meu carro.


Deixei no estacionamento da escola e seguimos para a sala seis, onde teríamos todas as nossas aulas durante aquele semestre, de acordo com o cronograma que havíamos recebido.


Alguns alunos já estavam em sala. Jack já estava lá e a Sally foi saltitando até ele.


Eu e a Mariana nos sentamos juntas. Reconhecia todos os rostos da nossa turma que, por sinal, era pequena; preferi assim.


Claro que a Sally faltou tacar as cadeiras no Bruno ao ver que ele também estava na nossa turma.


Quase que ao mesmo tempo em que a professora surgiu, o André e a Raquel entraram de mãos dadas pela sala; respirei fundo e ignorei.


Durante todas as aulas a Sally e seus primos ficaram conversando e brincando, até o Jack estava no meio. A Mariana fez cara feia na mesma proporção, para ela aula era um momento sagrado.


E eu, apesar de calada e atenta a tudo o que acontecia ao meu redor, lembrava do menino de rosto angelical.


O primeiro intervalo tocou às oito e vinte. Deixamos os nossos notebooks na sala e fomos até o pátio.


Assim que o Jack sentou a Sally montou em seu colo, a Talita ao lado. Ricardo se arrumou na mesa. Eu e a Mariana nos sentamos no outro banco.


“Me deixa contar pras meninas, Tá?”, Sally perguntou para a prima, naturalmente entusiasmada.
“Claro!”.


“Eba!”, bateu as palmas efusivamente antes de prosseguir, “Meninas, apresento a mais nova banda de rock pra vocês! Claro que ainda sem nome certo, mas com integrantes talentosíssimos... Vocês acreditam nisso?! Uma banda, meninas! Uma banda de verdade!”, deu um forte abraço no Jack ao terminar.
Eu achava bonito o amor dela por eles, apesar das demonstrações exageradas.


“Parabéns!”, Mariana.
“Parabéns!... Tem mais integrante?!”, imaginava se o Derick não participava também...


“Ainda não, precisamos de um tecladista e de um baterista. Vamos abrir os testes hoje.”, Talita.


Nesse momento o Derick apareceu.
“Oi, gente.”, depois olhou para mim, “Posso me sentar com vocês?”.


“Claro!”, a minha resposta saiu num tom mais animado do que desejei e lamentei por não ter apenas meneado a cabeça.


“Ê, dona Yasmin, já disse que estou de olho na senhorita.”, enquanto todos riam. Evitei ver a reação do Derick e ignorei o comentário da Sally.


Esperei dar uns dois minutos e me levantei com a desculpa de ir até a cantina.
A verdade era que estava me punindo mentalmente pela minha reação.


‘Nada demais’ eu dizia tentando me consolar, mas só tinha ficado envergonhada por ter deixado todos sabendo o que eu preferia evitar: estava atraída pelo Derick.
Peguei uma latinha de refrigerante na máquina e me sentei num sofá.


Não levou muito tempo e vi aqueles cabelos claros dançando na minha direção. Esperei que ele dissesse algo como ‘não precisa ficar envergonhada’, mas a primeira coisa que ele me disse ao sentar-se foi nada assim...


“Acho que ainda não nos apresentamos adequadamente... Meu nome é Derick, mas me chamam de muitas coisas, menos de Derick... Estou no ‘Segundo A’. Você?...”. Ele tinha olhos expressivos, que prendiam a minha atenção, mas evitei encará-los por mais de um par de segundos.


“Yasmin do ‘Primeiro C’.”.


“Você deve ter se perguntado sobre o que eu fazia naquele lugar sozinho. Sabe, nunca ninguém me pegou lá antes... Se você for capaz de guardar segredo eu te conto.”.


“Ah, que isso, não tem que me contar... Pode deixar que ninguém saberá que te encontrei lá.”, queria saber, mais ainda depois de saber que era um segredo, mas não queria deixá-lo numa situação constrangedora.

2 comentários:

  1. Certo, Certo. A Yasmin é mais nova do que o Derick. Mas é o tipo da coisa, muitas vezes atos valem mais, não é?
    Para ser sincero não sei o que esperar dos dois. O melhor, logicamente *-*
    Continuando>>

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  2. Exatamente o que disse.
    E siim, espere o melhor! \õ/

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