“Aff! A Sally é tão precipitada! Parece que não pensa!”, Mariana bufou. Os de fora não ouviram.
“Mari, para de graça e abre logo essa porta... Está frio aqui fora, sua meleca!”, Sally fez beicinho.
“Quer que eu abra a porta, Min?”, Mariana me perguntou, já de pé.
Acho que demorei mais do que o esperado pra responder, pois a Mariana voltou a sentar-se ao me lado no sofá. Tocou o meu ombro, “Se você não quiser, não tem problema. Sally não devia ter feito isso.”.
Eu deveria estar parecendo uma boba novamente, percebi antes que pudesse me arrepender. Levantei-me e fui eu mesma abri a porta.
Sally entrou primeiramente, com um pedido de desculpa em seus olhos. Quando ela se aproximou da Mariana levou um tapa no topo da cabeça.
“Aff, Mari...”, depois olhou para a porta, “Entra...”.
Meu coração ficou agitado quando aquela mão morna, contrastando com o frio da manhã, tocou o meu antebraço.
“Queria poder conversar com você... Mas, é claro, apenas se você quiser...”, sua voz triste e quase inaudível.
Só respondi com um aceno de cabeça. Era importante pra ele terminar de falar... Eu ouviria.
Ele deslizou a sua mão pelo meu braço até encontrar a minha mão e me puxou de leve para a saída.
Ouvi o falatório das meninas que ficavam para trás.
Fomos caminhando em silêncio até chegar ao mesmo lugar que eu havia fugido como uma débil na noite anterior. Ele estava querendo me torturar? Dessa vez não subimos as escadas, ficamos no térreo. Foi quando ele soltou sutilmente a minha mão.
“Eu te devo tantas desculpas, que nem sei por onde começar...”, ele não estava me olhando como tinha o costume de fazer... Exatamente como na noite anterior. Houve um breve silêncio antes de ele prosseguir, “Nos conhecemos há tão pouco tempo, mas parece que foi a vida toda, né... Eu gosto muito da sua companhia. O suficiente para querê-la o máximo de tempo possível. Tudo o que eu penso ou faço eu quero compartilhar com você... É instantânea essa ideia.”, ouvir aquilo sabendo do adeus que se seguiria era uma tortura.
“Eu já...”, ele encarou o chão e me fitou rapidamente com o canto dos olhos, “Pensei em você como mais do que apenas uma boa amiga, Min... Várias vezes, pra ser sincero. O que eu sinto quando estou com você é tão inexplicável! Parece tão certo... Mas...”, novamente essa palavra. Ele já pensou assim? Talvez as minhas esperanças não tivessem sido tão loucas assim...
“A Melanie... Ela não sai da minha cabeça.”, pela primeira vez ouvir o nome dela doeu. Não pensava mais em mim como alguém que tinha se intrometido no caminho deles dois... Ela que estava se intrometendo no meu agora.
“E eu odiaria agir levianamente com você. Imperdoável. E por tudo isso não me julgo merecedor da sua amizade. Eu vejo o mal que te causo, Min... E ontem... Não espero o seu perdão, mas te devia isso... Você me ajudou mais do que imagina por todos esses dias...”, aquele era o adeus? Ele me trouxe pra tão longe pra me dizer ‘adeus’ de verdade? Claro que sim...
Suspirei mais alto do que pretendia. Somente então ele ousou me olhar. Senti que devia dizer alguma coisa, mas o que eu diria? Que estava tudo bem? Ele veria a mentira...
Talvez porque fosse a minha última chance me permiti encarar aqueles olhos grandes e cinzas. Tão meigos e igualmente profundos. Pareciam ver a minha alma e aquilo me incomodava... Meu coração não conseguiria ficar calmo enquanto eu não desviasse o olhar e ainda assim eu precisava continuar... Ele também continuava a me fitar.
Eu senti a clareza se distanciando de mim. Meus pés se aproximando dele. Minhas mãos tocando em seus cabelos. O arrepio pelo meu corpo. O frio bagunçado no meu estômago. Meu corpo tão próximo do dele que fazia ser possível ele sentir o meu coração tentando fugir do meu peito. O corpo dele ainda imóvel.
Nada mais parecia real quando senti meus lábios tocando os dele. Ele correspondeu suavemente, mas meus lábios pediam intensidade e urgência.
Estremeci ao sentir as suas mãos passearem pela minha nuca e cintura, me puxando para mais perto dele. Os lábios dele correram pelo meu pescoço e então voltaram cedo demais para os meus lábios. Senti minha boca exigente e minhas mãos igualmente sem controle. Faltava ar. Todo aquele espaço parecia não existir mais.
Tão subitamente como começou, terminou. Derick ofegava e me olhava com a preocupação estampada em seus traços. Minha boca alcançou a dele mais uma vez, mas brevemente foi afastada.
Ele segurou os meus ombros, “Isso não tá certo, Yasmin.”, e me soltou, enquanto se afastava um pouco, procurando ar.
“Como pode estar errado?! Eu sinto e você sente também! Por que você está fugindo?!”. Ele me encarou surpreso por meu desabafo.
“Não posso começar algo com você dividindo os meus pensamentos com outra também.”.
“E será justo você começar algo com a Melanie enquanto também pensa em mim?”, não sabia de onde tanta ousadia tinha saído.
“Por isso eu preciso me afastar.”, sua voz pesarosa e cheia de culpa.
Meu corpo amoleceu novamente. O que eu estava pensando? Que de repente ele mudaria de ideia e que diria que tinha descoberto que na verdade amava a mim? A vida real não era como nos filmes românticos que eu tanto via. Era pra Melanie que ele iria. Era o que ele queria... Caso contrário não teria me afastado.
“Vou chamar um táxi.”, Derick.
Suellen .aa.
ResponderExcluirVc vai me matar... Definitivamente... Eu não tenho saúde pra isso... Nem sei o que dizer eu quero esganar o pobre do Derick mesmo sabendo que ele não tem culpa de nada Ç.Ç O que que eu faço com o que to sentindo???
MELDELS Ç.Ç
Ainnnnnn
ResponderExcluirNem dá pra odiar ele, né? çç
Desculpa, Pahh!!! çç'
ResponderExcluirMas ele já deixou claro há tanto tempo sobre os sentimentos dele pela Melanie.
Yasmin pensou que pudesse levar isso na boa, que a felicidade dele era o que importava, mas... A vida não é tão simples assim, né! =/
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Não mesmo, Mita, ele nunca teve intenções ruins... =[
.aa.
ResponderExcluirSuh!! Já q eu não quero matar nem a Min, nem o Derick, eu vou matar vc!!!!
Cara... é a... deixa eu ver... milionéssima vez que vc faz isso comigo nessa mesma história!!!
1morra!!!
Impossível parar de ler.
Não me mate, Lu. .-.
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