segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

35- Como desejei...


Eu não poderia competir com ela. Perderia de todas as formas. Não por ela ser alguma garota perfeita, mas por ela ser a garota perfeita do Derick. Uma paixão de tantos anos...
Eu não ficaria ali pra ouvir o que me destruiria de vez. Fui até o pequeno jardim, cercado como um labirinto, que tinha naquele pátio. E desejei ainda mais ardentemente acordar daquele horrível pesadelo quando encontrei a Raquel chorando num dos bancos.

Só podia ser mesmo um pesadelo!
Assim que a Raquel me viu, suas lágrimas ganharam mais forças, “Min, me perdoa, por favor...”.
Eu sequer conseguia me mover. Minha mente estava a ponto de explodir.
“Eu fui muito burra em estragar a nossa amizade com o meu egoísmo... Não sei te dizer o quanto estou arrependida! Te traí da pior maneira e o pior que só agora percebo o quanto... Eu sinto tanto a sua falta, Min... Tanta...”, ela dizia entre soluços.

“Ele terminou comigo agora há pouco... Disse que é muito novo pra se prender a algo sério, que precisa conhecer outras pessoas... Min, eu não sei viver sem vocês dois! Eu me odeio por isso, mas sei que mesmo sem querer vou ficar esperando pelo momento em que ele me quiser novamente, eu o amo demais! E nunca vai existir alguma coisa na minha vida que eu não queira compartilhar com você, Min. Tanta coisa que eu queria poder conversar com você... Você também não sente falta? Nós éramos tão perfeitas juntas, Min... Eu só queria ser feliz e estraguei tudo... Se você me perdoasse... Eu juro que nunca, nunca mesmo... Por que você não me deu uma segunda chance e deu pra ele, Min? A nossa amizade... Eu era tão sem importância assim pra você? Você não sente a minha falta?”, Raquel.

É claro que eu sentia falta, mas jamais poderia confiar nela novamente e isso decidia tudo. Era até mesmo difícil acreditar no arrependimento dela ou em qualquer coisa que ela dissesse...
“Por favor, Min, fale comigo... Qualquer coisa que for, mas fale...”, ela suplicava.
Cheguei a abrir os lábios, mas fechei antes de pronunciar qualquer som o que fez com que ela chorasse ainda mais. A verdade é que eu não tinha nada pra dizer... E não queria me preocupar com aquilo. Eu já tinha a minha dor. A Raquel encontraria alguma forma de lidar com a dela também.

Consegui me mover e saí do jardim.
Nem o Derick, nem a Melanie estavam mais lá.
Por que a minha esperança tão fraca e debilitada ainda conseguia me ferir?
Não me importava mais com a feira, com a escola, ou com qualquer outro problema que eu pudesse ter por sair de lá correndo para o estacionamento e pegando saudosa e novamente no volante do meu carro.
O meu destino só poderia ser um: A Casa Secreta.

Ele não estaria lá, eu sabia. Mas eu precisava estar... Precisava das lembranças daquele lugar.
Subi as escadas e cheguei a ver o Derick sentado entre as folhas, como o de costume.
“Yasmin...”. Gelei ao ouvir a sua voz.
Não sabia que uma ilusão poderia parecer tão real.
“Yasmin, você tá bem?”.

Sentei-me ao seu lado, fascinada com o quanto conseguia me sentir melhor só com aquela memória. Lamentei ter a vista coberta por uma escuridão, que fugia do meu controle. Apaguei.
Acordei na cama macia do meu quarto. E gargalhei feliz por ter a certeza de que tinha sido tudo apenas num pesadelo horrível.
“Ah, gente... Agora acho que o hospital era mesmo uma boa ideia. Ela deve tá delirando... Tem gente que fica assim com febre, né? Ela tá com febre?”, ouvi a voz preocupada da Sally.

Uma mão ligeira tocou a minha testa e quando reconhecia ser do Derick, abri os olhos.
“Ela não tá com febre...”, Derick.
“Derick...”.
“Amor, o que aconteceu com você? Não te levei ao hospital, porque o pessoal disse que você devia tá só cansada e dormindo, mas...”, Derick.

“O que aconteceu comigo?”.
Derick desviou o olhar pro restante do pessoal que estava no quarto, depois olhou para mim novamente.
“Não se lembra? Te encontramos lá no prédio abandonado...”, Derick.

Então não tinha sido tudo um pesadelo. Realmente aconteceu.
“Ah...”, disse pesarosamente, “Lembro sim. Desculpa, não queria ter causado problemas...”.
“Acho que é melhor te deixar descansar agora...”, Derick.
Ele iria embora de vez... Iria para os braços da Melanie.


Senti uma lágrima ligeira descer pelo meu rosto.
“Min?! Ei, amor... O que tá acontecendo?”.
“Vou sentir a sua falta...”, meu pensamento conseguiu voz.
“Ok, hora de deixar o casal sozinho...”, Sally.
Todos se retiraram em silêncio.

“Eu posso esperar aqui, não preciso ir.”, ele disse sorrindo, enquanto secava a lágrima do meu rosto.
“Mas e ela? Vai deixá-la sozinha?!”.
“Ahm? Ela quem?”.

4 comentários:

  1. Ainnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnn
    Raquel, Melaine...
    Foi tudo um pesadelo?!
    Ou só a parte da Melaine?
    Me mata Suh!
    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

    eutodramatica.com.br

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  2. Suh quer apanhar, só pode!!! ¬¬"
    Oh, Suh como vc deixa a gente assim, heim???? Eu preciso sabeeeeer! Meu palpite é que parte foi sonho, parte não... O sonho começou qd ela desmaiou no prédio abandonado!

    Mas sim, ela está delirando, achando que o Derik iria trocá-la a esta altura... E se trocar, tb ele morre!!! X3
    To violenta!

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  3. Eu to em choque, pq achoo que estou delirando junto com a Min é serioo .. Nem eu sei mais o que foi que aconteceuuu .....

    Suhhhhhhhhhhhh continue ou morre escolhaaaaaaa

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  4. Mita, Pah e Mel... Thankkks!!! *--*
    Que bom que estão confusas como a Min... kkkkkkkkkkkkkk.
    Ela é muito insegura com relação ao Derick e se deixou levar por esse sentimento.
    A verdade é que apenas ver o Derick antes de desmair foi delirio...
    Mas acho que sobre tudo isso, nem mesmo ela vai conseguir ter certeza depois.

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